dezembro 27, 2015

Até Já



Era um dia solarengo, como não se via há muito, o inverno parecia, finalmente, ter-se ido embora! Era um momento que me deixava sempre feliz e bem-disposta, no entanto, nesse dia o inverno não partiu sozinho...
Quando me foi dada a notícia, não quis acreditar, o mundo desabou sobre mim. Saber que nunca mais iria ouvir a tua voz, olhar para os teus olhos, ter o teu apoio, ver o teu sorriso deixou-me arrasada. De tão triste não consegui chorar e esse é o pior tipo de choro.
Da última vez que nos despedimos prometeste-me um "até já". Como poderia eu pensar que um "até já" podia ser eterno? Ainda tinha tanto para te dizer.
Adormeço e acordo a pensar em ti. Se eu pudesse voltar atrás no tempo, pedir-te-ia que, quando fosses embora, levasses contigo a saudade que me domina todos os dias. 
Muitas são as vezes que desejo fazer como tu e viajar sem retorno; talvez seja o caminho mais fácil: sem dor, saudade, dúvidas, sentimentos... Depois lembro-me do ditado popular que dizias com bastante frequência: "Nunca te esqueças, depois da tempestade vem a bonança" e aqui estou eu, à espera da tão demorada bonança. Será ela tão demorada como o teu "até já"? Aguardo.
O que eu dava para ouvir o teu riso mais uma vez, aliás, não só o teu riso mas também o meu. Desde o dia em que partiste que não tive oportunidade de o ouvir... Terá partido com esse inverno também a minha alegria?